Maria José de Freitas, membro do ICOMOS-Portugal foi eleita Presidente do Comité Científico Internacional para o Património Construido Partilhado, ISC-SBH (International Scientific Committee on Shared Buil Heritage) para o próximo mandato de três anos.
“A viver entre Macau e Portugal, com passagem pela China Continental, apresentei a minha candidatura a Presidente do ISC-SBH porque acredito que posso transmitir o significado que têm para mim a protecção e a promoção do património comum legado por diversas gerações e civilizações ao longo do tempo. Estou empenhada em salvaguardar e promover as heranças patrimoniais, designadamente as que são partilhadas por pessoas de diferentes culturas, estou determinada em proteger aquilo em que acredito, e gosto de trabalhar com equipas multidisciplinares, incutindo o meu entusiasmo e motivação para promover uma boa proteção da herança cultural. O plano de ação posto à consideração dos membros do grupo científico ISC SBH, e que brevemente será anunciado, respeita os princípios do ICOMOS Internacional, e revela a preocupação com o desenvolvimento de ações com vista à proteção do património edificado, a vontade de incluir mais membros no grupo científico, a manutenção de uma relação pró-ativa com organizações semelhantes e, acima de tudo, a crença de que protegendo o passado estamos a salvaguardar o futuro.” (Maria José de Freitas, 2020)
O ICS-SBH teve início em 1998, com a designação Scientific Committee on Shared Colonial Architecture and Town Planning, alterada em 2003 por circunstâncias ligadas a uma maior abertura de objetivos. Foi criado com o sentido de promover uma maior proteção e salvaguarda do património conjunto, edificado ao longo do tempo por várias culturas e civilizações, com diversos antecedentes sociais e religiosos. Nalguns casos esse património é valorizado como símbolo da identidade das várias comunidades e até das nações, noutros casos é negligenciado e urge providenciar a sua reabilitação. Assim o objetivo do grupo científico é a promoção da revitalização e salvaguarda do património partilhado, reutilizando o mais possível as estruturas existentes. Para isso o SBH organiza reuniões, debates, visitas de estudo, simpósios e conferencias com o intuito de divulgar o estado da arte em diversos campos do domínio técnico, científico e académico, promove a troca de conhecimentos e através de workshops temáticos procura instalar junto dos mais novos e licenciados emergentes o gosto e a curiosidade pela proteção patrimonial.
Mais informação pode ser vista em http://sbh.icomos.org/
Devido aos impactos da Covid 19, o ICCROM - International Centre for the Study of the Preservation and Restoration of Cultural Property, criou um conjunto de documentos destinados a Identificar Riscos, Monitorizar Impactos e Avaliar Necessidades no âmbito da património móvel, imóvel e intangível.
Para mais informações e utilizar os templates, consulte o site Covid do ICCROM.
A PPCULT – Plataforma pelo Património Cultural, divulga uma declaração em que manifesta preocupação pelas possíveis futuras linhas de orientação das políticas do sector, depois de anunciada a cedência de coleções de museus a grupos hoteleiros e de nomeada uma nova direção da Direção-geral de tutela. Temem-se as confusões entre “património", "património público", "património do Estado" e… "património cultural", bem como a tendência para a mercantilização deste último.

Consulte as considerações do ICOMOS Portugal sobre os projectos de prospecção e pesquisa de depósitos minerais na zona do Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial.
O ICOMOS Portugal saúda a inscrição do Conjunto Palácio, Basílica, Convento, jardins e tapada de Mafra e do Santuário do Bom Jesus do Monte em Braga na lista do Património mundial da UNESCO, bem como a inclusão do Museu Machado de Castro na inscrição da Universidade de Coimbra que devido a problemas de ordem administrativa não tinha sido abrangido no perímetro da área inscrita em 2012.
Trata-se de um reconhecimento muito relevante para o património português e a sua relevância em termos internacionais.
As candidaturas apresentadas pelo Estado Português propunham a inscrição de Mafra pelos critérios i, ii iv e vi e o Bom Jesus do Monte pelos critérios ii e iv.
O ICOMOS Portugal acompanhou a visita dos peritos internacionais que no passado mês de setembro/outubro realizaram uma avaliação técnica aos dois sítios a qual contribuiu para o parecer final do ICOMOS internacional apresentado esta manhã ao Comité do Património Mundial. O Parecer final do ICOMOS propunha a devolução ao Estado parte dos dois dossiers com pedido de mais informação por considerar que apesar de estar demonstrado o valor universal excepcional dos dois bens, havia dúvidas sobre a demonstração dos critérios propostos, bem como relativamente às questões da gestão dos bens. O parecer considerou no entanto que nos dois casos o critério iv estava claramente demonstrado. Foi com base nesse consenso que o Comité aprovou sem necessidade de votação a inscrição dos dois sítios portugueses incluindo no projecto de decisão os pedidos de esclarecimento e de aprofundamento relativamente às dúvidas técnicas.
Desta forma o Estado Português comprometeu-se a enviar até 1 de fevereiro de 2020 os elementos e as respostas às questões incluídas no projecto de decisão.
Estes dois bens integravam a lista indicativa portuguesa do Património mundial da UNESCO processo em que o ICOMOS Portugal teve um papel relevante.
Consulte aqui o recorte de imprensa da publicação em Lifestyle.